Conceitos de Organizações e Métodos pela ACTOS

Organização é a atividade voltada para a estruturação harmoniosa dos recursos disponíveis, para promover uma atuação sistêmica eficiente e, obter a esperada eficácia de conjunto na administração pública.

Método, por sua vez, refere-se à economia de esforços, tempo e movimentos por meio da simplificação do trabalho, tendo como resultados diretos o aumento da produtividade e a diminuição de despesas na administração pública.

Organização e Métodos traz a idéia da efetividade das coisas. Tal idéia traduz a preocupação com o sentido lógico de cada operação e de cada sistema; é o questionamento do “por quê” e do “para quê”.

A Importância da Organização

Organizar é dispor os recursos materiais, humanos e tecnológicos da empresa de maneira harmônica, a fim de que o conjunto formado seja capaz de realizar um trabalho integrado, eficiente e eficaz, apresentando boa produtividade e boa qualidade a custos baixos e com o mínimo de riscos e de esforço humano.
A associação de custos e de esforços mostra que a redução das despesas não pode ter como conseqüência um esforço sobre-humano dos empregados. A importância destes no processo produtivo, a sua dignidade humana e as suas limitações biológicas não podem ser ignoradas pelo profissional de Organização e Métodos. Não se pode ser paternalista, como não se pode pensar exclusivamente na produção. O mais correto é manter uma atitude de ponderação e de equilíbrio.
A intensa proliferação das organizações é uma marca patente do terceiro milênio. O ser humano, diante dos seus inesgotáveis problemas e da impotência para resolve-los sozinho, tem “adquirido as soluções” nas organizações especializadas na sua área de busca. As organizações, por sua vez, sobrevivem dessas “aquisições” feitas pela sociedade.
Há nessa interação um aspecto curioso: os interesses do indivíduo e os interesses da organização complementam-se, o que garante a permanência das boas organizações no mercado e a satisfação das constantes e renováveis necessidades do indivíduo.
Em decorrência dessa fusão de interesses sociais e econômicos, o mundo moderno exibe incontáveis organizações políticas, religiosas, artísticas, filantrópicas, educacionais, fabris, comerciais, esportivas, recreativas, culturais, entre outras. Nessas organizações é que se assenta a vida do homem moderno, pois é exatamente nelas que ele emprega a maior parte do seu tempo, seja participando do seu processo produtivo, seja consumindo os seus bens e serviços.
Sendo compostas de seres humanos e estando voltadas para um mercado consumidor em constante mutação, as organizações não podem ser estáticas. Confrontam-se, assim, duas realidades: uma interna e outra externa. E isso caracteriza uma situação de contínua evolução.
O homem cedo se compreendeu como um animal social; entendeu, por conseguinte, que sua preservação individual estava condicionada ao convívio com o grupo.
A evolução natural da espécie humana leva-nos a compreender que os grupos sociais precisam ser transformados em grupos de pesquisa, pois, como pesquisadores profissionais ou como pessoas, estamos condicionados a acordos que facilitam e contribuem para a realização de desejos mútuos.
O trabalho em grupo, portanto, é um multiplicador de idéias e, para alcançarmos resultados, precisamos da atuação simultânea de forças - ou seja, a sinergia - e devemos esclarecer os seguintes pontos:

- o objetivo do trabalho em equipe;
- a associação, a reunião de pessoas que partilhem os mesmos interesses;
- a auto-imagem (motivações pessoais);
- a circunstância e o clima psicológico (clima, ambiente propícios à realização do trabalho) .

O esclarecimento desses pontos não é tão simples como possa parecer. Vejamos: embora, a princípio, o objetivo e a tarefa sejam os mais simples de se estabelecer, a associação exige de cada grupo um certo nível de intimidade, de conhecimento, de capacidade e assimilação. A auto-imagem é o reflexo do reconhecimento pessoal pela outra parte. O clima psicológico é o resultado de tudo isso: compreensão e interação de todas as ordens: social, comercial e política.
Para a plena interação do grupo, é necessário que se desenvolva uma postura comportamental capaz de reconhecer em cada participante o direito de:

- ser diferente;
- ter idéias próprias;
- conhecer mais.

Além disso, é preciso disseminar as idéias de que:

- sozinhos, somos incompetentes;
- quando questionados, enriquecemo-nos;
- quanto mais sabemos, mais amplo é o nosso horizonte do não-saber;
- às vezes é necessário retroagir para avaliar e corrigir os rumos.

Tipos de Crescimento Organizacional

O crescimento é um fenômeno inevitável na vida de qualquer organização que se mantém no mercado, seja por elevação do nível de consumo dos seus produtos, seja pela diversificação de seus produtos. Basicamente, existem três maneiras de crescimento da organização.

- Crescimento vertical. Caracteriza-se pelo aumento do número de empregados no âmbito de um departamento, para atender à criação de novos postos de trabalho.
- Crescimento horizontal. Caracteriza-se pelo acréscimo de novas atividades às atribuições de um departamento, compondo a constituição de mais um grupo ou mais uma equipe de trabalho dentro do departamento. O crescimento se evidencia pela criação de novos grupos de tarefa ou pelo desenvolvimento de setores existentes. Há uma especialização das atividades já realizadas.
- Crescimento funcional. Caracteriza-se pela intensificação de novas atividades e novas atribuições, o que obriga o administrador a fazer uso das técnicas de departamentalização, de delegação de autoridade e de outros instrumentos técnicos administrativos. Aqui, empregamos o termo “organização” como sinônimo de empresa, ou seja, qualquer empreendimento humano criado e mantido com certos objetivos a serem alcançados.

Nenhum comentário: